sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A menina com os olhos da Deusa

Esse texto é continuação de "A menina com olhos de Dragão", não vale a pena ser lido sem ler os dois textos anteriores.

A aprendiz caminha rumo ao centro do tatame, se livrar das bainhas, olhando a espada curta já longe de seu alcance. Ela apontou a espada longa para o mestre, se preparou para investida. E o mestre apenas andou ao redor de sua aprendiz. Então como um único som, ambos começarão.
Bruxo – Que a noite seja meu manto
Aprendiz – Que a noite seja meu manto
Bruxo – Que a escuridão seja aminha armadura
Aprendiz - Que a escuridão seja aminha armadura
Bruxo – Que meus passos sejam como o vento
Aprendiz - Que meus passos sejam como o vento
Bruxo – Que ao final não haja amigos ou inimigos
Aprendiz - Que ao final não haja amigos ou inimigos
Bruxo – Que a noite me dê sua bênção
Aprendiz – Que a lua me dê sua bênção

Bruxa – Comece!

Silêncio, escuridão. Nada se moveu nada emitiu som. Então a aprendi notou o sol nascendo, notou que ele estava exatamente atrás do mestre.

Aprendiz – Filho de uma c...

A bainha do mestre foi arremessada. A aprendiz disparou em direção ao mestre. A voz dela rugiu como um trovão. Do braço direito dela escorreu sangue, ficou dormente.

Quando a espada dela quase o tocou a espada dele foi desviada para a esquerda dela. Ela deu um passo para direita então girou tentando decapitá-lo.

Então ela viu de novo. Quando se encontraram a primeira vez em um sonho. Quando se encontraram no hospício de onde ele a tirou. Quando ela foi pra rede dele. Quando ele a ensinou sobre magia, matemática poesia dragões e bruxos. Então ela tomou a decisão. Ela tornou seus olhos cinza, ela liberou a magia. Então escuridão...

Alguns minutos depois ela acorda tossindo, e soltando palavrões, droga eu to viva ou no inferno que coisa é essa?

Bruxo – Antídoto para o veneno que havia na bainha. Ele causa dor e dormência. Ou achava mesmo que eu havia decepado seu pé, seu braço, sua cabeça?
Aprendiz – Quer mesmo que eu respondo? Mas eu perdi porque estou viva?
Bruxo – Eu disse que testaria seu coração e não sua habilidade com espada.
Aprendiz – Você disse que quem perdesse morreria.
Bruxo – Se você me matasse então seria muito jovem e poderosa. Treinar alguém assim seria um motivo aceitável para minha morte, se você tivesse tentado me matar até o fim então seria você a esta morta. O teste era para o seu coração. A lição mais importante para alguém que usa magia ou espada. Não é como cortar nem quem cortar. A mais importante é quem não cortar... Se cortar até mesmo os que ama, então eu teria de te matar.
Aprendiz – Eu ainda não me importaria em matar ela...
Apontando para a bruxa...
Bruxo – Nem eu mais ai é sobre ver as conseqüências rs...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A menina com olhos de dragão

Só há sentido em ler esse post se antes leu "A menina com olhos de tempestade" se não é só perca de tempo.

Por um segundo tudo era nada, nada era o tudo, por um instante a lua não se mexeu e tudo, em todo o mundo era pura escuridão.

Ao acordar do seu devaneio a aprendiz levantou a espada longa em sua mão direita a tempo de defender a bainha. Ela tremeu, mal aguentou o peso, quase não conseguindo se defender do segundo golpe. A espada na mão esquerda do mestre acerta a espada curta da aprendiz a pegando desprevenida, arremessando aprendiz para um lado espada curta para outro.

Ela saboreou anda até a aprendiz ainda tentando se levantar, ele apreciou o medo no ar, ele apreciou ver os olhos dela mudando de cinza para prata, olhos de um dragão. A velocidade com a qual ela o atacou, a sede de sangue. Sem medos, sem receios, apenas desejo de sobreviver, desejo de matar, então ele viu a pura vontade de matar... Ele viu a menina se perdendo em meio ao dragão então ele viu. Ele provavelmente teria de matá-la essa noite. Ao desviar a espada dela com a bainha de berro, ao acerta-la com uma cabeçada, ao ver sua espada descendo em direção ao pescoço dela... Ao se despedir daqueles olhos de dragão

Bruxa - Parem.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A menina com olhos de tempestade

Uma história sobre bruxo. Apenas um relato sobre como se testa o coração de uma aprendiz...


Há algum tempo uma aprendiz foi testada pelo seu mestre. Seu coração foi testado, com aço, sangue e magia.

Um galpão qualquer em uma cidade litoránea, se encontrão 2 bruxos e uma aprendiz... O bruxo com uma roupa leve preta, carregando um sabre chinês e duas espadas japonesas, a bruxa um vestido branco leve e a aprendiz com um vestido verde claro, carregando no rosto olhos de tempestade.

Bruxo (O mestre) - Essas espadas são seu presente como iniciada, serão suas se viver até o amanhecer. Se falhar no teste eu enterro elas com você por consideração.

O bruxo vai até a aprendiz, lhe entrega as espadas, corta o dedo e passa o sangue em três tatuagens que ela carrega nas costas.

Bruxo - Eu te libero de suas promessas de lealdade até o amanhecer.

Aprendiz - Quem perder morre. Gostei da regra, porque ela esta aqui?

Bruxa - Sou apenas a juíza. O combate se divide em dois rounds de um minuto de luta e trinta segundos de descanso e o ultimo é até alguém vencer, sem limite de tempo..

A aprendiz coloca a espada maior, uma katana, na cintura do lado esquerdo e a menor cruzando as costas dela com o cabo para baixo no lado esquerdo. Olha para o mestre. Por um momento lembra de seus momentos juntos, da aulas perigosas, das noites que passaram juntos, de como ele a salvou. Matar o mestre para se tornar um bruxa... Escuta a risada de seu guardião, seu dragão de prata... Ela o evoca em seus braços e suas pernas. Velocidade...

O mestre olha a sua aprendiz. Hoje é uma noite tão boa para morrer quando qualquer outra, tão boa para matar como qualquer outra. Ele evoca um manto... Feito do mesmo tecido da noite, asas de seu dragão de sombras

Bruxo - Esse round não te atacarei com a espada, uma cortesia...

Bruxa - Comecem.

O tempo para, parece passar um eternidade, nada se move, nada parece sequer respirar. Então a aprendiz dispara como um relâmpago. Saca a espada golpeando da direita para esquerda, de cima para baixo acertando a espada do mestre ainda embainhada, continua o giro ataca com a bainha na mão esquerda, então gira e chuta.
Um grito de dor rompe a noite, a aprendiz sente parte de seu pé sendo amputado, dor e dormência. O mestre dispara em sua direção, usando a espada ainda embainhada...

Bruxa - Parem!

O mestre se afasta e volta para sua posição. Então a aprendiz vê, mesmo a bainha tem lâminas, mesmo a bainha dessa espada é uma arma.

Aprendiz - Merda é um duelo, nunca se falou que seria um duelo honesto ou puramente de espadas.

Ela pensa desesperada, como vencer, como derrubar a muralha que parou sua espada, como sobreviver, como não ser morta, como ser mais rápida. Então olha para seu mestre, para o manto que ele usa.

Aprendiz - Venha a mim dragão, seja minha armadura, seja minha força, seja minha velocidade, seja meu poder...

Ela saca a segunda espada e se prepara para dançar com a morte, para danças com espíritos, para matar quem ela ama.

Bruxa - Comecem.

O bruxo saca a espada e diz a frase que gelou o coração de sua aprendiz

Bruxo - Minha vez de atacar...

A continuação desse texto é A menina com os olhos de dragão. Já ta pronto, só me falta coragem de editar...