sábado, 30 de julho de 2016

Mais uma noite tentando...

Apos mais uma noite de dança frustrante. angustiante... Mais uma noite. Bebendo Mais uma vez. Um dançarino solitário dança no parapeito da ponte, de uma ponte que adentra o mar . Uma dança rápida, quase caindo no mar. Quase... Então ele para, olha para a lua. Fecha os olhos. A água desce por seu rosto, serão lágrimas ou respingos do mar... Ele sente o mar. Ele deixa a garrafa cair. Inclina-se para frente e se deixar cair nas pedras, no mar... Mas o vento noturno ruge o jogando para trás...

------------------- x -------------------

Mais uma noite
Tentando, e não te esquecendo...
Com muitas damas dancei
Mas em nenhuma pele achei seu gosto

Em nenhuma dama
Seu cheiro
Em nenhum passo
Seu compasso
Em nenhuma olhar
Seus olhos

Com muitas bailarinas
Bailei
Mas nunca encontrei

Nosso ritmo
Nossa dança
A magia

Tão linda dama que envenenou meu dançar
E me deixou viciado em seu gingar...
Ah eu, tão seu,  com outra dama, nunca me saciarei

E mesmo que se passem mil dias
Mil anos
Mil vidas

Novamente iremos bailar
E dançar, voltará a ter significar...



quarta-feira, 27 de julho de 2016

Solidão ao Luar

Ele correu
Por estradas sem fim
Por caminhos carmesim

Ele lutou
Ele tentou
Ele fracassou

Caído, sujo e ferido
Ele observa seu sangue, pelo asfalto
Fluindo
A consciência se indo..

O guardião do mago veio observar, apreciar a vida do mago pela estrada escoar...

Mago - Eu busquei o poder.
Dragão - Eu lhe dei. E o preço foi parte do seu coração. Você a perdeu por causa disso. Você sabe...

Mago - Eu busquei sabedoria.
Dragão - E o preço foi a solidão. De ninguém consegue se aproximar. As pessoas que realmente deseja, de você sempre irão se afastar.

Mago - Finalmente desejei a paz.
Dragão - E preço foi o silêncio. Um poeta que não consegue seus sentimentos para uma dama expressar.

Mago - Agora mesmo morrendo, não sei o que desejo. Não sei o que procuro, não sei o que busco.
Dragão - Eu posso trazer a detentora do nosso destino.

Mago - Traze-la, não quer dizer que eu seja capaz de conquista-la
Dragão - Conquista-la, não quer dizer mante-la

Mago - Mante-la, não quer dizer sermos felizes
Dragão - Será interessante, intenso, insano, insensato.

Mago - Infelizmente estou morrendo... Ficara para a próxima vida...

O dragão surge em frente ao mago, tão grande quanto o céu noturno. Encosta uma garra no peito do mago. As feridas começam a fechar, O frio se afastar, a morte ao seu redor dançar.
Algum tempo depois o mago se levanta. Tudo ao seu redor esta morto, plantas, animais, insetos, até mesmo um cajueiro centenário estava completamente morto, o solo estava seco e desolado.

Dragão - Antes do fim vai preferir que eu tivesse deixado morrer... Infelizmente para você, desejo ver o que um orgulhoso arrogante fará quando achar a detentora do seu destino...

terça-feira, 26 de julho de 2016

Dançarino Solitário

Alguns se afogam em bebidas
Alguns mergulham na depressão
Ele... ele dança

Com mais damas que ele possa lembrar
Sem jamais um nome perguntar..
Sem jamais seu nome mencionar...

Em um caleidoscópico de cheiros e sensações
De tempos e contra-tempos
De giros e abraços
De ritmos e laços

Com uma dama
Nunca duas danças dançar...
Nunca sem, dela, lembar
Daquela

Com qual ele não quer, não deve,  mais bailar
Com aquela que ele não consegue esquecer (doí tentar)
Não pode desamar...

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A dor da pessoa que amei...

Não posso cumprir
A palavra que dei
Não posso fugir
Do pesadelo que criei

Já não me importo
Nem comigo
Nem com ninguém

Estou quebrado
Minha mente
Caindo em pedaços
Meu coração
Despedaçado

Já não me reconheço no espelho
Já não tenho mais sentimentos
Tudo se perdeu, um lamento levado pelo vento

Eu tentei
Eu falhei
Eu me tornei a dor das pessoas que amei
Eu me tornei tudo aquilo que mais odiei

Reencontro

Não marcado
Mas esperado
Não planejado
Mas predestinado

Aqueles dois novamente a dançar
Como o vento na pista, novamente, voar.
Dançando como se, pertencessem uma ao outro
Há muitas eras, há muitas vidas...

Por causa dela
Ele aprendeu a dançar
Mas ela, certamente, não é capaz disso, lembrar
Ela sua primeira dama, a primeira que o aceitou, que o chamou para dançar

Ela nunca saberá
O quão importante é o seu bailar
Pois naquela noite
O destino daquele dele, ela conseguiu mudar.

Mesmo que nada tenha acontecido
Mesmo que nunca aconteça 

Ao menos naquela noite ela foi a detentora do destino dele...
E por toda a vida, em outras damas ele buscará
E em nenhuma encontrará

O prazer e a magia de com ela no ritmo da musica estar
A doce confusão de amar quando com ela esta a dançar
A sensação de na pista, com quem ele ama, voltar a voar...

Fechar os olhos...

Quando fecho os olhos
Seu sorriso vem me iludir
Quando a escuridão chega
Pesadelos , com você, a me perseguir

Já não consigo fugir
Do gosto do seu beijo
Ja não sei fingir
Que não sinto desejo

A sua rejeição
O meu coração
A ferir

E outra vez a escuridão
É o caminho que irei seguir

Pois te esquecer
Não me fará feliz
Mas suas lembranças
Minha mente, meu corpo e minha alma
Vão, em breve, destruir....


--------------------- x ---------------------

Poesia inacabada.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Passaro

Ela bailava
Como uma pluma
Livre pelo ar

Ela cantava
Sorria
Brincava
Com todos dançava

Então
Por um moleque, cantor, se apaixonou
Em sua perna, uma corrente de prata, ele colocou

Triste pássaro
Que já não pode mais, livre, bailar
Suas asas no vento,
Não pode liberar

Pobre passarinho que um falso amor
Encontrou
Em um falso amor
Se prendeu
E sua luz aos poucos desapareceu...

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Dragão de olhos negros

O texto ainda precisa de uma boa revisão e algumas mudanças, mas a preguiça não deixa.
Esse conto é parte de um livro que provavelmente nunca terminarei. Mas. ao olhar alguns textos antigos quis terminar o que seria o cinco capitulo de um livro.

----------------------------- X -----------------------------


Sentado em posição de flor de lótus, meia lótus na verdade,  em baixo da cachoeira o mago, tenta meditar.  Um local de paz e tranquilidade, se ele tivesse esquecido a aprendiz na cidade. Ou se ela não o tivesse pego em flagra enquanto ele pegava emprestado, sem avisar, a chave da casa de serra da Amanda.

O frio o distraia, a visão de dentro da cachoeira o vazia vagar, a visão da sua Aprendiz nua andando em sua direção o desconcentrava. Mas o fato dela fazer uma posição de flor de lótus melhor que a dele, ela com as costas colada no peito dele, ter conseguido tirar o sexo dele para fora da sunga e os dois corpos terem, se encaixado assim, realmente poderia distrai-lo.

Aprendiz – Por que nunca tira esse relógio?

O mestre tentou em vão manter-se concentrado, mas ela se virou ao perguntar e o sexo dele entrou totalmente no bumbum dela. Um alargando, moldando o corpo dela.

Ele correu a mão direita até o sexo dela. Pela frente com os dedos, por trás com o sexo, um movimento suave. A mão esquerda a abraçou.

Mestre – Talvez seja hora de lhe mostrar...

Ele levou o braço até a boca dela e suavemente mordeu o ombro dela, até sentir o gosto do sangue de sua jovem e bela aprendiz. Até ela o morder e sentir o gosto do sangue dele...
Eles estavam em outro lugar, em outro tempo.

Um jovem aprendiz estava sentado em um circulo de magia, com sua mestra a poucos metros...

Mestra - Sua magia é um manto sutil, eu lhe ofereço uma armadura de trevas... É isso que deseja?
Aprendiz - Sim, mestra.
Mestra - Eu lhe ofereço poder sob a escuridão. Eu lhe ofereço um guardião. Eu lhe ofereço alguém que lhe testará constantemente e lhe destruirá se você fraquejar. E isso que deseja.
Aprendiz - Sim mestra.
Mestra - Você aceita o preço do poder?
Aprendiz - Sim mestra

Da escuridão da noite surge um dragão. Antigo, poderoso, maligno. Uma sombra em meio a escuridão. Com olhos mais negro que as trevas. 

Dragão - Eu desejo parte de sua vida, parte de suas emoções.
Aprendiz - Eu desejo poder e sabedoria.
Dragão - E lhe só servirei enquanto você for forte. A cada curva, a cada duvida, a cada sombra eu lhe testarei. Estarei lá quando você cair. Estarei lá quando você desistir. Eu tomarei seu corpo e aprisionarei sua alma.
Aprendiz - Você vai tentar.

O vento ruge. A mestra se ajoelha atras do aprendiz, Oferece seu pulso esquerdo. Ele morde, ele bebe. Ela segura a mão direita dele com a direita dela. E ambos lançam um feitiço para aprisionar o dragão.
O jovem aprendiz sente a sabedoria fluir por sua boca, o poder emanar. Sente mais poderoso que nunca. Sentiu a força do dragão se dirigir ao recipiente de metal que carregava em seu corpo, sentiu toda a essência do dragão se concentrar em seu relógio. As sombras se desfazem. Mestra e aprendiz estão em uma clareira. A lua volta a brilhar Ela protegida pelo dragão dourado, ele pelo dragão de olhos negros.

Ela tira o próprio colar e colocar no mago. Um corrente fina de prata com um pingente de dragão chinês.

Mestra - Isso vai te proteger. Enquanto estiver com esse colar, não será devorado...
Iniciado - Eu lhe devolverei em um ano e um dia
Mestra - Talvez. Essa é nossa ultima noite juntos. Nosso próximo adeus será o ultimo. Eu lhe entrego minha magia, minha proteção, minha benção.

O iniciado a derruba no chão, um rosnado de dragão surge nos peitos dos amantes... Fúria, dor, prazer, saudades, vontades, amor... Algo sobre sexo, magia, sangue, amor...

Mestre e aprendiz estão de volta a cachoeira. Ela se sente preenchida. Pelo sexo, pelos dedos, pelo prazer, pela semente, pelo sangue, pela magia dele... A noite já vai longe. Mesmo com o frio, mesmo sem se mover, mesmo debaixo da cachoeira há horas ela se sente aquecida.
E em seu dedo... Um lindo anel de prata, com runas inscritas... Um presente de um dragão de olhos negros, para um dragão de prata...