sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Noite qualquer

Minha tristeza és minha assim como minha dor, minha angustia... Partilhada apenas com parcas paginas em branco, manchadas de memórias... Não compartilho com ninguém mais... Em noites como as de ontem, finjo a normalidade de horas banais em um vida qualquer. Sorrio ,todos os idiotas acham que quem sorri é feliz e isso sempre evita perguntas, meu sorriso mesmo triste, mesmo falso..

A noite me chama para um bar qualquer perto do Dragão do Mar... Me sento em uma mesa ao fundo mau iluminada pesso vinho e fumo meus cigarros. Nada de lagrimas ou lamúrias... Apenas vinhos, cigarros e papeis em branco...
Quando a hora do demônio chega (3:00 da madrugada), a luzes começão a se apagar, o bar começa a esvaziar então alguém pede a ultima musica...

- Refrão de Bolero...

- Já que é para encerrar, chama o "K" para cantar... Ela canta ruim mesmo, pelo menos todo mundo sai por vontade propria...

Não que eu me importe, mas canto muito ruim mesmo, porém em noite como essa... As coisas mudam, ou apenas as pessoas mudam...Nunca dantes havia entendido porque o compositor parará de cantar uma parte do refão da música, a parte que o publico mais espera e por insistência cantava, já que o cantor se calava... Talvez não até essa noite qualquer...


Refrão de Bolero

Composição: Humberto Gessinger

Eu que falei:
"Nem pensar"
Agora eu me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão...

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser...

Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar...

Num bar!

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro...

(Então ao cantar teu nome, meu coração grita, mas minha garganta fica muda, simplesmente não sai.O silêncio fala por mim. Por hoje essa musica é minha e a cantarei como quiser para quem quiser)
...!
Teus lábios são
Labirintos, ...! (Olhos fechados,lembro de você)
Que atraem os meus
Instintos mais sacANNAs (A garganta rasga em um grito)
O teu olhar sempre distante
Sempre me engANNA (A platéia meio sem saber se vaia, vai embora ou aplaude canta)


Eu que falei:
"Nem pensar"
Agora me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão...

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como refrão de bolero
Eu fui sincero como não se pode ser...

Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar...

Num bar!

..., teus lábios são
Labirintos, ...!
Eu sigo tua pista
Todo dia da semANNA
Eu entro sempre
Na tua dança de cigANNA...

...!
Teus lábios são labirintos
...!
Que atraem os meus
Instintos mais sacANNAs
E teu olhar sempre distante
Sempre me engANNA
Eu sigo tua pista
Todo dia da semANNA...

Todo dia, todo dia ... da semANNA

Eu sigo tua pista
Todo dia da semanna

(Estranhamente o bar ainda esta lotado e todos gritão a ultima parte, mas sou incapaz, minha alma chora, minha cabeça doe, hoje, essa muisica é tão minha quanto sou dela, sou apenas um tolo com vinho barato um cigarro no cinzero e com certeza um cara embreagada)
...!

Se cantei bem... Não. Cantei apenas para uma pessoa, para mi cariño, para mi vida...
Para mi soleda

Um comentário:

Aqueta disse...

Eu conheço muito bem essa música. Talvez, como a personagem de seu post, eu a saiba de cor... Isso não poderia ser um problema? Odarre golb on ajetse tsop o zevlat!