quarta-feira, 27 de julho de 2016

Solidão ao Luar

Ele correu
Por estradas sem fim
Por caminhos carmesim

Ele lutou
Ele tentou
Ele fracassou

Caído, sujo e ferido
Ele observa seu sangue, pelo asfalto
Fluindo
A consciência se indo..

O guardião do mago veio observar, apreciar a vida do mago pela estrada escoar...

Mago - Eu busquei o poder.
Dragão - Eu lhe dei. E o preço foi parte do seu coração. Você a perdeu por causa disso. Você sabe...

Mago - Eu busquei sabedoria.
Dragão - E o preço foi a solidão. De ninguém consegue se aproximar. As pessoas que realmente deseja, de você sempre irão se afastar.

Mago - Finalmente desejei a paz.
Dragão - E preço foi o silêncio. Um poeta que não consegue seus sentimentos para uma dama expressar.

Mago - Agora mesmo morrendo, não sei o que desejo. Não sei o que procuro, não sei o que busco.
Dragão - Eu posso trazer a detentora do nosso destino.

Mago - Traze-la, não quer dizer que eu seja capaz de conquista-la
Dragão - Conquista-la, não quer dizer mante-la

Mago - Mante-la, não quer dizer sermos felizes
Dragão - Será interessante, intenso, insano, insensato.

Mago - Infelizmente estou morrendo... Ficara para a próxima vida...

O dragão surge em frente ao mago, tão grande quanto o céu noturno. Encosta uma garra no peito do mago. As feridas começam a fechar, O frio se afastar, a morte ao seu redor dançar.
Algum tempo depois o mago se levanta. Tudo ao seu redor esta morto, plantas, animais, insetos, até mesmo um cajueiro centenário estava completamente morto, o solo estava seco e desolado.

Dragão - Antes do fim vai preferir que eu tivesse deixado morrer... Infelizmente para você, desejo ver o que um orgulhoso arrogante fará quando achar a detentora do seu destino...

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