domingo, 11 de setembro de 2016

Solidão no Salão

Alguns se afogam na bebida, outros mergulham no salão.


A loira
Ela, técnica e sensualidade.
Com os cavalheiros de muitas dançou
Outras damas irritou.
Encantar, ela, tentou e falhou.
Sem notar.
Em sua ânsia de espetacularmente dançar.
Muitos ela afastou.

E novamente sozinha para casa voltou

O dançarino
Sentado, ficar ele tentou.
Mas para dançar muitas damas o chamou.
Mesmo triste ele bailou
Sem brilho, mas tecendo sorrisos nas damas, ele dançou.

A menina de vestido preto
Triste e solitária, ficar, tentou.
Mas a maré de convites do salão não deixou
Infelizmente, sua tristeza, a dança contagiou.
Mesmo assim.
No oceano do salão ela se jogou...

Um anjo de cabelos curtos
Pelo salão.
Com seus dançar encantou
Mas olhos tristes

Seu sorriso não ocultou.

A menina de óculos
O peso do mundo, para o salão carregou.
Cansada, exausta, desanimada...
Mesmo assim ela foi.
Mesmo assim ela tentou
Mesmo recusando convites
Mesmo abandonando cavalheiros no salão
Mesmo que para fugir
Mesmo que para esquecer
Mesmo assim na dança, ela se refugiou...

Somos dançarinos
As vezes divididos
As vezes distraídos
Dançaremos para esquecer.
As vezes por inteiro
Dançaremos para viver

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