Uma noite qualquer... Um grupo sentado ás margens
de uma fogueira.
Um mago sentado há alguns metros do circulo de luz,
com uma longa espada de duas mãos amarrada as costas e longo cajado de sorveira
brava deitado sobre as penas observava a mata alheio aos outros membros do
grupo e sua algazarra.
- Um cavaleiro quase nos matou – Comenta o
guerreiro.
- Quantos estão escoltando a garota? – Pergunta o
clérigo.
- Dois cavaleiros negros, uma dúzia de soldados a
pé. – Diz o mago.
- Impossível. Não há nada que possamos fazer. –
Comenta o arqueiro.
- Fico na primeira vigília, amanhã irei resgatá-la.
– Diz tranquilamente o mago.
- Você não estava escutando? Não há como
vencermos. – Fala o guerreiro.
- Sim, escutei. E irei resgatá-la amanhã. Ela é
minha vida.
- Romântico e tolo. Fala o clérigo.
- Não. Eu deveria morrer pouco tempo após o
nascimento. Porém uma sacerdotisa vinculou a minha vida a dela como pagamento
por ter me salvo. Quando ela for morrer... O golpe que deceparia sua cabeça
decepará a minha, a flecha que atravessaria o seu coração atravessará o meu. Não
importa onde ela esteja, onde eu esteja. E se por acaso ela estiver presa,
sendo torturada o que acontecerá?... O torturador a matará duas vezes.
O
silêncio...
Cada membro do grupo começou a pensar noquê fazer
quando o sol chegar...
Cada um menos o mago. Ela a odeia por ter sua vida ligada a dela, a odeia por seus pais terem morrido por ela. Por suas escolhas tolas, por seu heroísmo clichê. Por ela nunca fugir, por ela nunca se curvar... Mas acima de tudo por ele não ter opção.
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