sábado, 25 de maio de 2013

Andarilho

Um andarilho vaga em meio ao acampamento.
Olhando com tristeza esses guerreiros do verão.
A felicidade prestes a desmoronar...
Os momentos que antecipam o desespero de não morrer.
Caminhando, julgando, escolhendo.
Alguns deles serão salvos, alguns em meio a mais de 10 mil espadas.
Apenas alguns...
E mesmo os que sobreviverem serão caçados, despedaçados, verão tudo que amam morrer, e voltar para matá-los...
Hoje a noite os vivos são maioria nesse reino, amanhã...

Os barris de cerveja foram envenenados, logo a magia farfalhará para magos e clérigos.
O vento cala. Tudo é silencio, a lua se vai junto das estrelas, as fogueiras se apagam.
GRITOS... O veneno transformou os que beberam em mortos vivos, um poderoso ritual foi ativado, quase toda magia está falhando neste campo.
Então os toques de guerra, os poucos lúcidos lutam, morrem, e voltam para matar os amigos. Um grande rugido rasga o céu.
Poucos ainda lutam, a maioria dos que ainda estão vivos, recuam cada vez mais próximo do andarilho.
Um anjo de asas negras toca o solo. Outro rugido, mas dessa vez vem da terra. Todos os mortos do campo levantam, todos que já morreram naquele campo. Infelizmente  não eram lentos, não eram estúpidos...
A espada nas costas do mago emite um brilho intenso, os olhos dele se tonam chamas azuis...

VOCÊS PODEM SE TORNAR MORTOS VIVOS AQUI E AGORA, OU PODEM ME AJUDAR A VENCER ESSA GUERRA A OUTRO TEMPO E EM OUTRO LUGAR...

A luz se estingue e todos os que aceitarem somem deixando apenas os itens mundanos para traz.

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