domingo, 26 de maio de 2013

Despertar

O corpo reclama, a mente nublada, os grilhões suspendem vários corpos a centímetros do chão. Uma cela escura, suja, apertada. Prisioneiros ou carne pendurada em ganchos, difícil diferenciar.
O grupo de aventureiros se veem nus, machucados e amarrados, a frente deles uma senhora de aparência detestável fala em uma voz aguda esganiçada.
- Por favor, comam, vocês precisam se alimentar... Em voz mais baixa, quase um sussurro. - Morram por mim, por minha beleza, morram por mim, meu mestre vai adorar tantas oferendas, tantos, mas apenas um por dia, apenas um...
Ela oferece comida de aparência repugnante a um dos presos.
- Não comam. -Uma voz ecoa na mente de todos, a voz do andarilho. - Se comerem se tornaram morto vivos antes de lembrarem dos próprios nomes.
A velha tenta empurrar uma tigela na boca de um dos aventureiros, que trinca os dentes, enquanto uma chave flutua até a fechadura de um dos grilhos... Um click, um corpo no chão.
Uma velha grita, saca uma adaga e revela um rosto apodrecido. Um rosto de uma morta viva.

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