domingo, 1 de fevereiro de 2015

Dançando na luz do luar

Aprendi há muito tempo que alguns amigos realmente me querem bem. E as vezes mesmo que eu não compreenda por completo as atitudes deles. Eu reconheço a intenção. Afinal nem tudo magos podem incinerar e nem tudo os paladas podem cortar. 
E assim o mago negro foi convidado pelo paladino ao aniversário de alguém que ele não conhecia. Assim mesmo o mago passando boa parte do dia pensando em uma desculpa para não ir. Decidiu que um amigo merece mais que uma desculpa e como não pensou em como falar a verdade de um modo delicado. O mago foi. Afinal o que é uma noite potencialmente ruim comparado a uma amizade...

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Em uma brincadeira começou
O mago estendeu a mão e ela aceitou

As botas dele, não a machucaram 
(Mesmo o mago tendo dois pés esquerdos)
O salto dela, só lhe dava mais graça (
Mesmo o mago nem imaginando como ela conseguia andar)

Os dois a dançar
Mesmo sem a musica escutar
De olhos, bem fechados,
De rostos colados,os dois a bailar

O tempo perdeu o significar
Sem cicatrizes do passado
Sem pensamentos em um futuro

Nada existia
Nada acontecia
Nada importava

Seu transpirar, percorrendo meu pescoço
Seu perfume enebriando meus sentidos
Cedo de mais o musica acabou,
Cedo de mais ele a conduziu para longe da luz do luar.

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Não houve beijo, não houve promessas, não houve um casal no final da noite. Essa é a história de um mago. Foi uma noite feliz (quem diria, eu não no começo do dia). Se o mago a reencontrará o tempo e vento irão dizer...

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