sábado, 21 de maio de 2016

Sozinho

As vezes me sinto estranho.

Mesmo com desejos
Mesmo com vontades
Mesmo sendo atraído

Minhas palavras não conseguem dizer
Meu corpo não consegue se mover
E quando finalmente me aproximo
Não sei o que fazer
E outra dama, não irei mais ver...

Já não sei mais quantas assustei
O tolo silencioso que sabe apenas escrever
Mas não consegue na hora dizer

Então porque com você era assim
Mesmo sem palavras
Conseguíamos falar

Apenas um olhar
E nossos corpos
A se mover

Por que era tão fácil
Porque é tão difícil


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Deitado na praia um homem se pergunta porque não herdou o dons de raparigueiro da família enquanto olha a lua cheia... Uma lua  não responde mais aos seus chamados... Ao longe uma loba uiva. Ou pode ser o vento noturno a lhe enganar, talvez a bebida o fazendo ouvir o que deseja, lhe levando para longe da realidade... Uma musica começa a tocar... A chuva começa a cantar... O vento a embalar lembranças tristes... Mais um longo gole da garrafa.... Longo o suficiente para fazer tudo sumir... Horas depois o poeta vadio acorda com beijos... O beijo do vento e das ondas do mar.





Um comentário:

Lucí disse...

Essa estranheza é a timidez...
Tipico de alguns exemplares.