Ao sair da faculdade o mago anda com calma pelas ruas da cidade. Sem pressa, sem destino. A magia ao seu redor o torna intangível, invisível. O mago encontrava-se naquele ponto em que a dor e a saudade se tornaram como uma droga, tão familiar que a agonia tornara-se tolerável, quase confortável. Quase... E em noites assim ele caminhava. Havia apenas o silêncio, sem choros ou lagrimas, sem gritos ou gemidos. Havia silêncio. em seu coração, de seu guardão. Havia apenas a musica do silêncio a margem do mundo, a margem do tempo.
Caminhando pela noite
Sem sua adaga
Sem sua capa
Sem espadas nem cajados
O vento a lhe guiar
A lua a lhe proteger
A noite a percorrer
A flama de meu ultimo cigarro
Preste a evanescer
Um coração que já não consegue mais bater
Uma alma que já não tem mais o que escurecer
Um dragão que não tem mais nada a perder
Um sorriso cansado que não costuma mais aparecer
Um mago
Um Dragão
Um triste ser
Que não consegue te esquecer
Um comentário:
Acho que sofro do mesmo mal desse mago. Ao menos o mago tem a liberdade de ir e vir..
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