sexta-feira, 10 de junho de 2016

Cap 01 - A menina com olhos de cor indefinida

O texto ainda precisa de uma boa revisão e algumas mudanças, mas a preguiça não deixa.

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Os sons da festa se perdiam ao longe. Naquela área do hospital não passavam de sussurros que incitavam os uivos dos pacientes. Um casal andava tranquilamente pelo corredor escuro do hospital, Ele de terno escuro, camisa branca, sem gravata. Um homem por volta dos vinte anos, moreno com cabelos e olhos da cor da noite, parecendo entediado. Ela com um vestido, de festa, longo e jaleco, branca, cabelos longos, castanho claros e olhos azuis.

Ele - Tirando tentar me matar e colocar a culpa em um dos seus pacientes... Pode me dizer o que estamos fazendo aqui? E por sinal quem é estupido o bastante para fazer uma festa em um hospital psiquiátrico? 
Ela - Aproveitando um passeio romântico, um casal perdido na noite. E é uma festa beneficente, arrecadar fundos para a campanha de algum candidato a prefeito.  

Ele - Isso não seria o uma área restrita do hospital? A festa é não seria para o outro lado por sinal,,.?

Como que aceitando a deixa, vários sons inumanos preencheram o corredor.

Ela - Há alguém que preciso lhe mostrar. E se ela for quem penso ser teremos de tirar ela daqui hoje.

Ele - Algo haver com sua teoria terapêutica?

Ela - Não é apenas teoria, e sim pelo menos uma duzia pacientes daqui não sou loucos, eles realmente escutam os mortos ou vêem coisas que os outros não... Mas deixaram tanta gente assustada, ou perderam o controle do seus dons que acabaram aqui. E a garota. Ela é especial. 

Ele - Começo a acreditar que você também deveria usar aquele outro tipo de camisa branca sabe. A com amarras... Você tentou mata-lá e de algum modo ela escapou?

Ela - Sim, e não me olhe assim, a igreja fez isso por anos e nenhum padre nunca foi julgado por isso.

O casal para em frente a uma porta de metal. A residente de medicina abre a porta da cela numero 13 Uma cela com paredes estofadas, a prova de som e sem câmeras. Dentro dela se encontrava uma garota. Amarrada, amordaçada, vendada, no escuro. Isolamento sensorial ele sussurrou. Uma cena opressora. A mulher anda lentamente a até a menina e começa a desprender as amarras.

Ela - Esta menina esta aqui há quatro anos, sempre que fica perto de ter alta, acontece algo, ela ataca alguém, ou piora repentinamente. Arrancou a orelha de um medico semana passada. Costuma não dar problemas para tomar a medicação mas quando eu tentei envenena-lá ela apenas se recusou. A seringa se partiu na minha mão, algo me empurrou e comecei a ter pesadelos. Algo incomodo. Desde então tentei causar alguns acidentes a ela. Mas ela tem uma sorte ainda maior que a sua.

Ele - E o que eu tenho haver com isso.

Antes de terminar o pensamento ele vê ao lado da cama o espirito guardião da garota, um dragão de prata. Pronto para ataca-lo.

Ela é igual a você. Algo a protege. E minha magia não consegue afetá-la. Então eu tive uma ideia.

A mulher termina de desamarrar a menina, lhe entrega uma faca para a garota e sussurra "Se mata-lo deixo você fugir"
O ar fica pesado. A luz se acende sozinha, algo tenta fixa os pés do homem no chão. O um peso incrível é colocado em seus ombros. Sem hesitação, sem duvida, sem porque sem para quê. A garota avança em direção a ele, com a lâmina visando os olhos dele. Um ataque com unica e exclusiva intenção de matar.

O homem se inclina para esquerda. Fazendo a menina passar por ele a toda velocidade. O segundo ataque dela vem por baixo, pelas costas, o homem apenas de desvia novamente, o terceiro viria pela frente, mas nunca chegou a acontecer.

O ar ficou ainda mais pesado, difícil de respirar. A menina viu a cena em câmera lenta. O homem puxando um lápis, se desviando da faca e enfiando o lápis na traqueia dela. O chão tocou seu rosto cedo de mais. E ela notou, estava morrendo enquanto sentia o sangue escorrendo pelo buraco em sua garganta. Ela o viu pegar a faca e ficar brincando. Enfiando em locais aleatórios do corpo dela, sorvendo o sofrimento enquanto ela se encaminhava para a morte. Sentindo uma dor imensurável a garota sorriu fechou os olhos e tentou abraçar a morte. Quando um grande rugido a despertou. Quando abriu os olhos, o homem estava sorridente tirando a faca da mão dela. . Ambos estavam em pé. Ele nem sequer pegou o lápis.

Garota - O que foi aquilo?

Ele - Um teste para você e seu guardião. Doze anos, magrela e quase me retalhou. Devo esta ficando velho.

A mulher a entrega um roupa. A garota se despi sem pudor das antigas e começa a vestir as novas...

Ela -Vamos. Você e seu mestre tem de conversar em outro lugar.

Mestre e Aprendiz gritam ao mesmo tempo. O que?

Ela - Viu já estão em sintonia. Sem falar que se você não a aceitar como aprendiz serei obrigada a deixar ela aqui. Você não deixaria uma menina inocente, sã presa aqui não ?

Então o mestre olha para aprendiz. Doze anos, magra, cabelos claros até a cintura, olhos de uma cor indefinida. Marcas de queimadura, cortes, hematomas e cicatrizes cobriam as costas dela. Cicatrizes de mais para um guerreiro velho, quem dirá para uma menina tão jovem. Ela certamente tentaria matar a ambos para escapar. Mesmo que não quisesse ter alta.

Mestre - Amanda... Meu dragão diz que matar vocês duas aqui e agora faria minha vida infinitamente mais fácil e aumentaria significativamente minha chances de morrer velho. Mas quem quer uma vida longa hoje em dia...Menina por que não quer ter alta?

Aprendiz - Porque aqui é melhor que a minha casa. E meu nome é Isabelle.

O mestre se aproxima e toca a testa dela. Imagens de espaçamentos, tentativas de lobotomia, estupros , ele sentiu como se formaram boa partes das cicatrizes e tudo em torno de um medico. As lembranças dela quase o fizeram vomitar. Quase...

A aprendiz o olha de modo desafiador

Isabelle -  Isso ainda é melhor que a minha casa.

Amanda - Dragãozinho... Nos dois sabemos que você não bate em mulheres. Em fêmeas de modo geral...

Mestre - Meu dragão não gosta de violência contra mulheres, é verdade. Mas mortes limpas e precisas não são necessariamente violentas...

Ambas olham como se ele fosse mais louco que os pacientes ao redor... Talvez estivessem certas...

Sirenes começão a toca. Os pacientes uivam ainda mais alto.

O mestre pega na mão da aprendiz. Ela muda fica vermelha, escarlate, roxa. Mas permite aquele estranho segura-la daquele jeito...

Mestre - Primeira lição... Repita comigo. Que a noite seja meu manto, a escuridão minha armadura e que não sejamos encontrados pro amigos ou inimigos

O terno dele, aos olhos da garota era um manto que se esticou para protegê-la. Ele parecia preguiçoso, cabeça de vento e bobo, mas naquele momento... Ela viu o dragão de sombras que estava prestes a se tornar o detentor do seu destino...

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