quarta-feira, 29 de junho de 2016

Demônio com olhos de prata

O texto ainda precisa de uma boa revisão e algumas mudanças, mas a preguiça não deixa.
Esse conto é parte de um livro que provavelmente nunca terminarei. Mas. ao olhar alguns textos antigos quis terminar o que seria o quarto capitulo de um livro.

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Duas da manhã. Boate, musica tecno, volume ensurdecedor, luzes piscando, jovens bêbados dançando, o mango caminhando pela pista de dança com uma aprendiz dançando ao seu redor...

Aprendiz - Não vai dançar?
Magos - Você dança ao meu redor e eu pareço bom... Golpe antigo e sempre funciona com esse tipo de musica...
Aprendiz - Você deveria aprender a dançar...
Mago - E você deveria aprender isso.

 O mago a agarra pela cintura e a beija. A pista de dança se torna um borrão, pensamentos, desejos, vontades, sentimentos, energia. Ela sente o feitiço do mago, o modo como ele estava roubando energia dos jovens ao redor. Como ele a estava acumulando, devorando... Sentiu um jovem a alguns metros desmaiando sem forças. Sentiu tudo, nada, sentiu o vento e a escuridão.
Ao abrir os olhos ela estava abraçada ao mago.
Em um sussurro...

Aprendiz - Magia negra...
Mago - Hoje será um teste divertido. Me siga, sem ser percebida,  e não importa oque acontecer, não interfira. Minha senhora deseja informações e me pagará bem por elas...
Aprendiz - E se você se meter em encrencas?
Mestre - Observe, aprenda e não interfira, não importa o que acontecer...

Um homem no bar acena para o mago e se dirige a saída com calma... O mago sorrir com arrogância. Segue o outro homem lentamente até um beco escuro. Mais atras a aprendiz se cobre com um manto de escuridão, elimina sua presença, acaricia o cabo da espada curta e segue o mago.

Observando da escuridão. Ela vê. Cinco homens cercando o mago. Eles falam auto. O ameaçam. O que aparenta ser o líder saca uma arma. aponta para a cabeça do mago. O mago recua para as sombras. O disparo ecoa pela noite e tudo perde o sentido.

Que o vento seja meu manto e o luar minha lâmina
Eu sou a morte que veio dançar
Eu sou o demônio com olhos de prata que veio sua alma levar...

Em um movimento fluido e veloz quatro oponentes caem perante a lâmina da bruxa, o que atirou no mago se desviar por pouco, ao se virar para executar o líder...  Tarde de mais ela percebe o cano encostado em sua nuca, eram seis. ela fecha os olhos, esperando o fim. Escuta o tiro. Segundos passam, um minuo e então ela abre os olhos. O líder dos bandidos continua apontando a arma para o comparsa morto atras dela.
O mago sorria, forçadamente, uma marca de tiro ,ao lado da cabeça dele, marcava a parede. O olhos dele pareciam roubar a luz.
Ela percebe a mesma magia que já havia a enganado agora surge efeito no ultimo inimigo em pé.

Mestre - Eu disse para não interferi, não importa oque acontecesse?
Aprendiz - Quebre o feitiço. Só importa a informação correto?
Mestre - Eu precisava de todos ele vivos e inteiros, mas agora graças a você, sim só a informação.

O demônio com olhos de prata em um movimento fluido decepa quatro dedos da mão que segurava a arma de fogo, e atravessa o joelho esquerdo com a espada. Um grito rasga a noite, ele cai no chão. Então ela corta a orelha diteira fora. Ele urra, implora para que ela faça perguntas, mas enfia a espada no pé direito dele e só então... sussurra algo no ouvido do homem. Ele treme.

Bandido - Você promete?
Aprendiz - Eu prometo que brincarei com você até o sol nascer e que amanhã visitarei sua filha se não me responder...

Bandido - Sussurra um nome, um endereço e uma data.

A bruxa se ajoelha lentamente ao lado do homem.

Aprendiz - Você tentou matar quem me é precioso, é hora de pagar... Se não falasse te torturaria até o nascer do sol, agora, não você não tem nada que eu deseje, alem da sua vida...

Ela faz um corte na barriga do homem, um corte preciso, grande o bastante para ele saber que vai morre, e pequeno o bastante para ele saber que vai levar mais uma hora ou duas de agonia...

A aprendiz se levanta. Abraça o mestre...
Com o mesmo corpo de menina, coberto de sangue,
O mesmo sorriso de anjo
Os mesmos cor de prata, olhos de demônio...

Mestre pensando: "O merda, sem travas, sem limites, que consegue sorrir como inocência mesmo coberta com o sangue dos inimigos... Vou acabar apaixonado, ou assassinado..."

Aprendiz - Posso ouvir seus pensamentos metre...

Mestre - Ô merda...

Os dois saem andando como um casal de namorados, ao som do grito de um moribundo sob a luz do luar...

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