Uma garota sentada na calçada, um vestido de festa, um corte no ombro, uma chuva cruel. Como quem chora, como quem espera... Um motoqueiro vindo devagar, encharcado, cansado. Bravio...
- A noite não lhe foi gentil senhorita?
- Só o que me faltava um idiota para me dar uma cantada barata...
Tiro a capacete...
Um misto de sorriso e raiva, quem sabe furia e desejo...
- Esta atrasado.
- Me disseram que seria as 22:00
- Foi as 20:00.
- Disse sim?
- Se tivesse dito sim estaria na calçada tomando banho de chuva?
- Sobe na moto.
- ...
Uma casa de serra.
Uma lareira acesa.
Um vinho
Dois corpos nus.
Desejo, carinho, sexo
Amor?
Quem sabe.
Ela acretida que sim
Eu tenho certeza que não
Agora ja é de manhã. Minha insônia vem me visitar.
Um cigarro. Minha solidão. Alguém que acha que me ama ainda dorme...
Por mais que me force, não consigo ligar para o que ela sente.
Por mais que queira não consigo me importar...
Não a amo, provavelmente apaixonado, nada mais.
O corpo cansado, a mente torpe...
Brincando com os sentimentos...
Buscando a noite...
Quem saiba eu só não saiba para onde ir
Quem saiba eu apenas não tenha forças para ir...
Como diria o philosopho
A sua liberdade termina onde começa a de alguém mais forte...
2 comentários:
Nossa! Isso beira à crueldade, "Vento". Mútua. Mas é um conto lindo!
Adorei seu conto...veridico ou não..porque pernaneces nesse enlaço...?
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