segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dançando nas sombras

Um mago negro resolveu aprender a dançar. Por que? Para aprender, algo novo. Para esquecer, algo antigo.
No final da aula. O cansaço o dominou. Seus sentidos vacilaram e a magia despertou.

O mago, à dama abraçou

"Apertado"

Dois corpos, um se tornou
E em outros olhos ele olhou
E para olhos de obsidiam ele rosnou

"Olhos de quem não estava ali"

E em escuridão, o mundo se tornou
Apenas da dama e cavalheiro um novo mundo se formou

"Então ele dançou, com uma dama que ali, não estava"

Então de trevas e vento
A dança começou
De flama e magia ela continuo
Ele a puxou, rodopiou, sussurrou, encantou, enfeitiçou...

Em constrangimento e silêncio ela terminou
E só muito tarde ele notou
Que a dama a frente dele, não era a dama com quem ele dançou...

A dama saiu ofegante, ajeitando a roupa, com cara de quem não fazia ideia do oque, onde, porque e quando. Apenas sabia que não deveria ter acontecido.

Uma breve explicação. O forró pode se dançar a meia distância, perto e colado. Em academias ou mesmo baladas se dança a meia distância ou perto. Dançar colado é mais intimo até que um beijo na boca. O mago da poesia dançou colado. Dois corpos como se fossem apenas um a bailar. 

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