Andando entre
Mortos inquietos
E moribundos agonizantes
Andando
Em meu vazio
Em minha solidão
O cheiro de hospital
Traz lembranças ruins
Sentimentos
Ainda pior
Andando lembrando...
Olhos Claros - Olá poeta?
Precisou de uma boa dose de auto controle de para manter meu passo normal, e para não demonstrar surpresa... Quando ela começou a andar ao meu lado, saindo de sabe a deusa onde...
Poeta - Olá. Só não me diga que é enfermeira. Ou pior pisciana...
Olhos Claros - Sou de peixes, mas não sou enfermeira, minha mãe é médica. E você? Não parece precisar de um hospital, então quem esta visitando? Ou só apareceu aqui para recitar poesias mórbidas?
M3rd@ eu estava declamando em voz alta...
Poeta - Meu avô.
Olhos Claros - Estava recitando poesias mórbidas para ele? Quer comer algo?
Eu tentei, eu lutei, mas falhei, não consegui manter a cara seria. Eu sorri. E levantei uma sobrancelha.
Nesse momento chegamos a rua, ou melhor avenida, a qual eu atravessei sem olhar para os lados ou para trás , com carros passando perto o suficiente para escutar uma gargalhada atras de mim e alguns gritos pouco respeitosos dos motoristas que passavam... Continuei a andar. O velho truque de atravessar a rua e chamar meu manto de sombras e desaparecer...
Um comentário:
Lendo essa e lendo a de baixo, parece que boas mudanças vão acontecer...hehe! Gosto dos seus textos, mas às vezes alguns parecem mais apaixonados do que outros.
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