sexta-feira, 25 de abril de 2014

Ente mortos e moribundos

Andando a beira do estige
Andando entre
Mortos inquietos
E moribundos agonizantes

Andando
Em meu vazio
Em minha solidão

O cheiro de hospital
Traz lembranças ruins
Sentimentos
Ainda pior

Andando lembrando...

Olhos Claros - Olá poeta?

Precisou de uma boa dose de auto controle de para manter meu passo normal, e para não demonstrar surpresa... Quando ela começou a andar ao meu lado, saindo de sabe a deusa onde...

Poeta - Olá. Só não me diga que é enfermeira. Ou pior pisciana...
Olhos Claros - Sou de peixes, mas não sou enfermeira, minha mãe é médica. E você? Não parece precisar de um hospital, então quem esta visitando? Ou só apareceu aqui para recitar poesias mórbidas?

M3rd@ eu estava declamando em voz alta... 

Poeta - Meu avô.
Olhos Claros - Estava recitando poesias mórbidas para ele? Quer comer algo?

Eu tentei, eu lutei, mas falhei, não consegui manter a cara seria. Eu sorri. E levantei uma sobrancelha.

Nesse momento chegamos a rua, ou melhor avenida, a qual eu atravessei sem olhar para os lados ou para trás , com carros passando perto o suficiente para escutar uma gargalhada atras de mim e alguns gritos pouco respeitosos dos motoristas que passavam... Continuei a andar. O velho truque de atravessar a rua e chamar meu manto de sombras e desaparecer... 

Um comentário:

Unknown disse...

Lendo essa e lendo a de baixo, parece que boas mudanças vão acontecer...hehe! Gosto dos seus textos, mas às vezes alguns parecem mais apaixonados do que outros.