domingo, 12 de julho de 2015

Maldição

  O mago com a linda garota pela noite a sair. Uma garota com o poder de o paralisar com um olhar. Um poder que começar a deixar de incomodar. E seu coração finalmente a sorrir. Um mago feliz, com possibilidades, com incertezas, com perspectivas... Mas seu guardião taciturno e sombrio a seguir. Pois ele já imaginava o que estava por vir.
  O baile melhor do que esperava. Conhecidos, sorrisos, dança. E ela ao seu lado... Mesmo que tenha dito que apenas com amigo. Mas um guardião forças a acumular, como se a tempestade estivesse prestes a chegar.
  Com algumas mulheres o mago dançou. Com a olhos de jade e com outras. Talvez pela dança. Talvez por medo. Talvez porque é o que seria certo. Acima de tudo o mago deseja alguém que goste dele e não alguém que ficou com ele por não ter opção. 
  Então a garota com olhos de jade achou alguém. Alguém a achou. E o mago com sentimentos conflitantes ficou. A sim com outras damas ele dançou. Mas a dança que ele tanto ama, perdeu o sabor. Pois a linda garota de olhos de jade um parceiro melhor achou... Ler pensamentos pode ser uma maldição...

Dragão - Ela lhe usou para ter permissão dos avós para sair. Ela o fez gastar. Ela lhe usou para obter liberdade
Mago - Ela não mentiu

Um sorriso triste nos lábios do mago. A ira a despertar. Sentimentos caóticos, um ciumes nunca sentido antes, ódio.

Olhos de Jade - Ficamos até as 2?
Mago - Se for seu desejo?
Olhos de Jade - Onde vou dormir?

O mago pegou em seu rosto, aproximou... Ela recuou... Ela não mentiu e isso o feriu.

Mago - Onde for seu desejo.
Olhos de Jade - Se eu desejar dormir com ele?

Dor. Sangue. Angustia. Algo a quebrar.

Mago - Posso lhe deixar na casa de seus avós ou lá em casa. A decisão é sua.
Olhos de Jade - Ele já esta sendo chato. Disse que não quer dançar com ninguém mais.
Mago - A decisão é sua menina. Mas por hora dance comigo...

Uma dança com um gosto amargo, mas ainda sim uma dança...

Quando a festa acabou. Ele veio falar com ela. Ela pegou o telefone dele. Então ela escreveu o numero de telefone dela foi para outro local e pediu para alguém entregar o numero a ele. Para que ela não entregasse na frente do mago. Um ato deselegante. Um ato desnecessário.
Um dragão rugiu. Tentou dominar o corpo do mago e sobre ele avançar. Calma e tranquilamente o mago fingiu não notar. Nem ela, nem ele, nem seu dragão... E em silêncios a fúria o dominou. As luzes piscaram, como se toda a cidade tivesse apagado, como se o próprio tecido da realidade recuasse. Mesmo a lua o tentou impedir. Mesmo a lua sentiu o sofrimento de seu poeta.  

Eu o amaldiçoou
Por meu nome, por minha magia, por meu sangue e por meus ossos
Pela escuridão meu abrigo
E pelo vento de nome eternamente mutável

“Sobre você cairá a fome e o fogo
Até que a sua volta ecoe a desolação
E todos os demônios da escuridão externa
Contemplem, admirados, e reconheçam
Que a vingança é obra de um mago negro.”

O dragão sente o peso do mundo em suas costas. Quase toda sua magia consumida em um instante, quase toda a magia do mago se fora... Aquele homem morreria em breve? Não mas ele chamaria a morte e a morte se negaria...

Pela noite o mago levou a dama de volta a casa. Sentimentos conflitantes. Havia risos, diversão.  Ela falou a verdade. Ela não seria machucada pelo mago ou por seu dragão... Apos a porta da casa da garota se fechar. Um passo. Uma magia. incontáveis quilômetros. 
O mago estava diante do mar. Se sentido fraco, sujo, enganado. Não por ela, mas por ele mesmo e isso doía...

Uma sombra apareceu atras do mago. Seu dragão com a mesma aparência do mago e com uma enorme espada apontada para o mago. 

Dragão - Você amaldiçoou alguém. Não lutou pela garota que dizia querer e agora esta assim patético, não merece ser o dono desse corpo. Lute.
Mago - Meu corpo é seu. O preço é... Esqueça apenas destrua minha alma e faça o que desejar. Pois hoje sou ruína. Não sou digno de meu poder e minha magia. Não me arrependo, não me envergonho. Mas estou exausto. Eu não posso morrer. Mas minha alma ainda pode ser destruída. Estou muito cansado velho amigo. Apague a existência da minha alma. Garanta que eu nunca mais renasça. Não para o inferno, ou para o céu. Não para a vastidão de almas perdidas. Apenas apague a minha existência...

O mago anda em direção ao dragão, a enorme espada machuca o pescoço e ele avança. 

Dragão - Não há honra em destruir um louco.
Mago - Não há honra em nossos caminhos perdidos.

O mago novamente cai. Inconsciente. A maldição cobra seu preço novamente.  
Um carro em alta velocidade atropela um certo dançarino. Ele nunca mais andará. Nunca mais dançará. Mas sobreviverá. A ele a morte chamará. Pois até sua morte a dor como fogo queimará e nada mundano poderá o livrar...







2 comentários:

Lucí disse...

Infelizmente, não queria ter lido isso, espero q seja uma ficçao, com pequeno fundo de verdade, mas que as verdades sejam aa palavras doces, nao o mal gratuito desejado a outra pessoa por pouca coisa..

Asas Negras disse...

Se esse fosse um blogger de heróis não teria um dragão como capa nem um mago negro como personagem principal. Sim eu lancei uma maldição. E paguei caro por isso.