sexta-feira, 28 de março de 2014

Correndo com os mortos

Fui levado ao tao jantar. Ela me deu uma carona de moto. Eu de terno, roupa social, e como premio de consolação fui pilotando a moto, uma linda ninja 1000cc... Mas quando chegamos no restaurante, quando ela desceu e me chamou. Eu fugi com a moto. Sim perdi o emprego...

Acelerei., quase bati ao sair do estacionamento.
O vento me chama, acelero. Preciso do vento.
Corro em direção a BR. Simplesmente preciso...
E então não há mais nada
Os carros, caminhões, ônibus
Todos estão parados para mim
Desligo as luzes da moto.
Danço entre os carros na saída da cidade
A la minguante ilumina minha estrada

Um trovão ao meu lado
Um fantasma
Uma blackbird preta

Insanidade
Já não importa.
Não sei o que quero, apenas correr.
Não sei o que sacrificar, pelos meus sonhos.
Não sei o mais, pelo que lutar...
Não sei, se vale a pena.

A outra moto me ultrapassa. Dois corredores insanos em meio a noite.
Meu devaneios, meus delírios...  Travam ao ver uma loba a margem da estrada.
Freio. A moto dança na pista, o pneu de trás levanta alguns centímetros do chão.  mal consigo parar sem cair.

Relembro um amigo, que em desespero por causa da ex mulher acabou morrendo em cima de uma moto, uma blackbird que parecia a encarnação do trovão...

Minha corrida me levou a uma praia, flexeiras, corri 137 quilômetros em menos de 40 minutos.

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