segunda-feira, 3 de março de 2014

O Mago e o Dragão 2

Um mago bebe sozinho em uma cabana distante. Enfrentando seus erros e seus demônios. A frente dele seu guardião que essa noite prefere se parecer com ela, como uma imagem em um espelho...


Dragão - Tão sozinho... Tão tolo... Pensou que poderia ter uma família e agora como sempre só tem a solidão. Onde estão todos?
Mago - Minha mestra... Com a família dela... Meus amigos com suas esposas, o que eles fazem muito bem...
Dragão - A pratiada, a raposa e a loba?
Mago - Isso parece o começo de uma piada ruim...

Um longo gole de cerveja. A cabeça baixa... Um mago sentado em um canto escuro da cabana.

Dragão - A piada ruim já estou vendo na minha frente
Mago - A pratiada sumiu há 2 anos. Deve esta se divertindo as custas de alguém. A raposa perdi o contato, sem e-mail, telefones, endereço para sinal de fumaça. A loba. Ela tem saudades, mas algum tempo se passará antes de nos vermos, se é que algum dia voltaremos a nos ver...

Outro gole, as garrafas se acumulam ao redor do mago...

Dragão - Não fomos feitos para famílias. Você tentou e olhe a coisa patética que se tornou. Não deve conseguir atirar em alguém a mais de 2m de distancia, uma criança caolha deve ser o suficiente para te matar e não precisa nem estar armada. Onde esta a sua fúria, a sua magia, a sua escuridão?

Outra garrafa seca, essa se espedaça na parede.

Mago - Tentei trancá-las, suprimi-las, ocultá-las. No fim menti para mim e para os outros...
Dragão - Tentou ser o que não é. E teve o que mereceu...
Mago - ...

O mago cai inconsciente em cima das garrafas... 


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